De acordo com o INCA, são aproximadamente, 40 mil novos casos diagnosticados por ano, entre homens e mulheres. Desse total, cerca de 30% ocorrem devido a fatores comportamentais, como má alimentação, tabagismo e inatividade física. Leia com atenção para não restar nenhuma dúvida ao responder o quiz no final da matéria.

A doença geralmente começa com um crescimento anormal das células do intestino, inicialmente formando pólipos dentro do cólon ou reto, e que se não forem removidos, continuam crescendo e podem se transformar em câncer. Portanto, fazer exames de rastreamento regularmente é a melhor forma de prevenção.

Ainda de acordo com o INCA, os principais sintomas incluem presença de sangue nas fezes, alteração do hábito intestinal (diarreia e prisão de ventre alternados), dor ou desconforto abdominal, fraqueza e anemia, perda de peso sem causa aparente, alteração na forma das fezes (fezes muito finas e compridas) e massa abdominal.

O câncer colorretal pode gerar um tabu entre as pessoas, embora a doença seja tão comum. Com vergonha de falar sobre o assunto, questões sobre o diagnóstico, qual médico procurar e possível cura podem surgir. Por isso, conversamos com o médico gastroenterologista, Dr. Rodolfo Vasconcelos para tirar dúvidas sobre o assunto:

CAUSAS:

Segundo o Dr. Rodolfo, a maioria dos pacientes com Câncer Colorretal não apresentam fatores de risco, porém devemos redobrar a atenção com as pessoas portadoras de obesidade, história familiar de câncer do trato digestório (estômago e intestino), câncer de mama, câncer de ovário ou útero.

Crescimento da doença entre os jovens

Os estudos mostram o aumento de casos de Câncer Colorretal em pessoas abaixo dos 50 anos, o que era muito incomum nas décadas passadas. Os fatores de redução da idade de aparecimento desse tipo de câncer devem-se principalmente pelo aumento dos casos de obesidade, sobrepeso, hábitos alimentares com poucas fibras, carência de produtos naturais e o aumento absurdo dos alimentos ultraprocessados. Sem nos esquecermos do ressurgimento do tabagismo através dos cigarros eletrônicos que captam os jovens cada vez mais cedo.

Tratamentos e inovações

A grande maioria dos casos são tratados e curados através de ressecções cirúrgicas, cada vez mais precisas e menos invasivas através da cirurgia endoscópica, videolaparoscópica e/ou robótica. Os avanços da quimioterapia têm reduzido a mortalidade por essa doença com medicações cada vez mais eficazes e menos tóxicas.

Uma questão à parte são os casos de câncer do reto distal que respondem muito bem à radioterapia, algumas vezes levando a cura sem necessidade de cirurgia. Portanto é fundamental ser submetido aos tratamentos oncológicos com médicos especialistas nessa área.

Exames realizados para a descoberta da doença

O principal exame para rastreio e diagnóstico do Câncer Colorretal é a colonoscopia. Um exame extremamente seguro na avaliação do intestino grosso, sendo possível não só a visualização da lesão como as biopsias que se fazem necessárias e algumas vezes podendo ser retiradas pela colonoscopia.

Em fases mais avançadas o diagnóstico é realizado através da tomografia computadorizada ou ressonância magnética, mas mesmo nessa fase é indicado o tratamento com altas taxas de cura.

Prevenção

"Segundo a Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva todas, vou repetir, todas as pessoas acima de 45 anos devem ser submetidas à colonoscopia com o intuito de localizar e retirar pólipos intestinais, que são as lesões precursoras do Câncer Colorretal em 95% dos casos". Disse o gastro.

Outras formas de prevenção são: manter-se em atividades físicas, controle sobre o peso, ingestão de alimentos naturais e ricos em fibras, evitar alimentos fritos, defumados, embutidos e, principalmente, ultraprocessados. Além, claro, de não fumar e controle no consumo de bebidas alcoólicas.

Fatores de risco

O principal deles é história familiar, portanto toda a família de um paciente portador de Câncer Colorretal deve ser investigada. O tabagismo também é um alto fator de risco, assim como a exposição a alimentos defumados, embutidos e conservados no sal.

Idade ideal para fazer exames de rastreamento

A partir dos 45 anos para todas as pessoas, tanto homens como mulheres.

Médico especialista

Deve-se sempre procurar um gastroenterologista para avaliação de dores abdominais, perda de peso sem causa definida e para exames de rastreio a partir dos 45 anos. Converse sempre com seu médico!