Para que o peixe chegue até a mesa do consumidor, existe um longo processo de produção e logística. O EP Agro foi até Rifaina, uma cidade no interior de São Paulo banhada pela represa de Jaguara - na Bacia do Rio Grande - conhecer uma fazenda aquática dedicada à criação de tilápias com mais de 400 tanques-rede.
Quando estão no tamanho ideal para o abate, os peixes são sugados dos tanques-rede e, então, encaminhados até o frigorífero. Depois do abate, as escamas são removidas e o peixe é filetado.
“A máquina ainda não atingiu a perfeição de um bom filetador”, de acordo com o gerente da unidade Juliano Kubitza. O frigorífero processa mais de 40 mil tilápias por dia. Processo esse que depende da filetagem por meio das máquinas, mas também da sensibilidade manual, já que as máquinas ainda não alcançaram a qualidade do corte manual.
Além do filé, a pele e a escama do peixe também são aproveitadas pela indústria, principalmente de cosméticos. O colágeno, presente na pele e nas escamas, é retirado para fabricação de produtos destinados para a regeneração da pele, já as vísceras da tilápia, por sua vez, são transformadas em óleo e farinha, destinados para a produção de ração animal.
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Marcelo Ferri mostra a produção da tilápia em um dos maiores frigoríficos do Brasil